Horário

carrer de l' Ángel, 12 bajos, Gracia, Barcelona
Lunes: ver Programación; Martes: 21:00 - 23:00; Miércoles: 18:00 - 21.00 y 18:00 - 23:00 (solo cuando hay evento); Jueves: 18:00 - 00:00; Viernes: 18:00 - 02:00; Sábados: 18:00 a 02:00; Domingos: ver Programación

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ahora en Gracia, Barcelona!!




















Después de la exposición en Bairro Alto, los Espacios Liminares se mueven a Gracia, en Barcelona.

Estaremos en La Cova de les Cultures, del 20 noviembre al 5 deciembre.

Pronto os dejaremos más informaciones!




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

The end

Depois de mais de 1000 visitantes terem passado por lá, a exposição Espaços Liminares encerrou as suas portas.

Caso estejam interessados em algum dos trabalhos, informações, etc, escrevam para o nosso e-mail: espacosliminares@gmail.com

Até à próxima!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Foi assim ontem, com o MD Azedo

Amanhã os fotógrafos estão à conversa com que quiser aparecer e saber mais sobre estes Espaços Liminares.

Apareçam!










quinta-feira, 16 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Pinto Ferreira fizeram sucesso!

Imagens do concerto dos Pinto Ferreira. Um concerto a que muitos se juntaram, dentro e fora do espaço.

Algumas imagens de ontem à noite.















domingo, 12 de setembro de 2010

Hoje: Pinto Ferreira - Concerto às 21h nos Espaços Liminares




Os Pinto Ferreira vêm até ao Bairro Alto para cantar umas cantigas entre amigos, sentados nos nossos confortáveis sofás junto à grande janela aberta.

Apareçam para ver as nossas fotografias ao som das suas melodias!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Festa da inauguração - 09.09.2010

Para os que não puderam estar presentes, aqui ficam algumas imagens da inauguração da Exposição.

Hoje, pelas 21:30, temos um debate sobre O Futuro do Bairro Alto. Apareçam e venham partilhar as vossas ideias e opiniões sobre este bairro da cidade.


Abertura das portas (neste caso, janela!)

O ambiente dentro espaço

Ambiente à porta, na rua do Norte


os LAmA - banda sonora da exposição










quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Exposição Espaços Liminares inaugura hoje!

O projecto Creatcity, agora na sua fase terminal, visa estudar as formas de governança associadas às dinâmicas criativas em 3 cidades (Lisboa, Barcelona e São Paulo.). No âmbito deste projecto, procurámos utilizar metodologias diversificadas para alcançar os objectivos do projecto e procurar formas inovadoras de disseminação dos resultados para a sociedade.

Em 3 dos nossos 10 estudos de caso (3 "bairros criativos", um em cada cidade : Bairro Alto, Gracia, Vila Madalena) fizemos uma recolha fotográfica sistemática, que funcionou como uma das bases para a análise da apropriação do espaço publico em cada um dos bairros e das formas como o espaço se relaciona com as dinâmicas criativas e os conflitos de uso verificados em cada um destes territórios.

A partir desta recolha, organizámos a exposição “espaços liminares”, com algumas das imagens com que a Ana Roldão, a Cristina Latoeira, o Pedro Costa, o Ricardo Lopes e o Samuel Dias interpretaram estes “três bairros criativos” durante o trabalho de campo respectivo. Para além da exposição haverá concertos e debates, apresentando alguns dos resultados do projecto, tudo num espaço em reconstrução que é “apropriado” por nós, durante este período, na Rua do Norte, nº 24, no Baitro Alto em Lisboa.

A equipa do Creatcity gostaria de vos convidar para visitarem a exposição, entre 9 e 19 de Setembro, e em particular para estarem presentes na inauguração, hoje 5ª feira, dia 9 de Setembro, às 22 horas, com banda sonora criada especificamente para o efeito pelo LAmA.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ao fotografar

Quando um fotógrafo decide captar uma imagem é movido por alguma motivação, pode ser de ordem profissional ou pessoal. Ao tomar essa decisão o fotógrafo irá fazer uma caricatura daquele momento à sua maneira. Numa altura em que qualquer pessoa pode ser fotógrafa, destacam-se aqueles que têm aptidão para criar diferentes realidades, onde conseguem com as suas fotografias criar algo que toque às pessoas, que as leve a pensar, a imaginar, a sonhar com aquele lugar ou pessoa. As zonas turísticas são um exemplo claro da multiplicação de fotógrafos. Há poucos anos quando visitei Veneza, levei comigo uma simples máquina compacta que em permitia retratar as memórias daquela viagem, naquele local, turístico por excelência, conseguia aperceber-me de bons fotógrafos (na generalidade dos casos), esses indivíduos ostentavam máquinas com boas objectivas, paravam e olhavam atentamente antes de se ouvir o click que denunciava o captar da imagem. Hoje, quando passeio numa rua turística com a minha máquina ao pescoço que outrora sonhava, e olho em roda já não percebo onde está o fotógrafo por excelência ou o mero coleccionador de recordações, com a passar dos anos, tornou-se possível que qualquer pessoa consiga adquirir uma boa máquina fotográfica. Além, do mais quando nos apercebemos que os fotógrafos, que anteriormente se denunciavam por aquelas as grandes máquinas que ostentavam ao pescoço surgem agora nas ruas com pequenas máquinas compactas procurando um meio fotográfico mais versátil, a imagem torna-se imperceptível de construir no imaginário. O bom fotógrafo que se denunciava nas ruas deixou de ser perceptível. A actualidade denuncia o crescente mundo da imagem, onde esta assume uma força incontrolável, tendo isso os seus aspectos positivos e negativos e onde o bom e o mau apresentam uma barreira muito pouco definida. Afinal de contas a barreira da arte é inexistente.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A fotografia e os fotógrafos

Quando falamos em fotógrafos, o nosso imaginário remete-nos a nível histórico para os primeiros sujeitos que ousavam utilizar essa técnica. Escondendo-se atrás de um pano preto, protegiam-se da queimadura possível. Nos dias de hoje a fotografia tornou-se numa das formas mais banais de arte. Onde após a introdução dos processos digitais se acentua a tendência já existente outrora, o peso da fotografia e imagens fotográficas na sociedade. Este técnica ou arte conforme a quisermos retratar permite-nos conhecer o mundo, viajar sem experimentar. Remete-nos para uma realidade ficcionada que desenvolvemos quando vemos uma fotografia enquadrada segundo um autor. Permite-nos conhecer realidades inexistentes, quer isso seja bom ou não. Costumo pensar quando observo uma fotografia de outro autor, qual terá sido a sua intenção, contudo chego sempre a conclusão não ser possível retirar essa ilação (e ainda bem!), porque o meu pensamento encontra-se constantemente petrificado por aquilo que conheço. Sensação idêntica de quando leio um livro e fico com a sensação dos sítios descritos, sem nunca os ter visitado. No entanto, tenho a certeza de como eles são, a sua cor, a sua luz, associo-as pelas palavras do escritor, confronto-as com o meu imaginário e crio a sua imagem, a minha imagem. Interessante o autor que nos deixa imaginar…



Se propusesse-mos a questionar personagens numa qualquer rua citadina sobre se conhecem New York, todas eles me diriam que sim, todas já viram a cidade em imagens, filmes, bandas desenhadas, etc. Em enumeras realidades, que lhes permitiu criar a sua imagem dos gigantes Skyscrapers na margem do mar. No entanto se pergunta-se aos mesmos inquiridos se alguma vez lá estiveram poucos me dariam a mesma resposta, afirmariam possivelmente que seria o seu sonho, que adoraram aquele filme rodado numa manha de inverno enquanto nevava. Este é o poder da imagem, o poder de levar às pessoas realidades que não conhecem. No entanto esta realidade histórica ainda recente pode tornar-se preocupante, a abundância de imagens descarregadas diariamente na rede de fluxos instantâneos que se tornou a internet leva a que diariamente chegue a consumidor novos mundos. Isto numa altura em que tornou banal não só a fotografia mas também a sua alteração digital em segundos, assistimos a constantes mentiras não elaboradas por o fotógrafo, com a sua arte de captar a realidade, mas sim por entidades que tentam passar uma imagem errada de um local, para com isso tirarem dividendos dessa acção. O turismo vê assim na fotografia uma óptima arma de persuasão de massas, através de imagens bem produzidas convencem o consumidor do seu produto mais ou menos ficcionado.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

3 Bairros... 5 Olhares

Um fotógrafo é um deambulador… Apropria-se de um objecto ou de um espaço tornando-o em algo diferente, abstracto, uma fracção da realidade. Cada fotógrafo é um ser, uma personagem que vive/observa um(a) espaço/personagem segundo os seus gostos e vivências. Com isto não pretendo afirmar que a fotografia é uma selecção arbitrária da realidade, esta é, um “olhar especial”, personificado, de um determinado grupo de personagens que tinham como objectivo percorrer um território. E, segundo os seus gostos, descobrir o local e tentar transmiti-lo por meio de “frames” da sua observação.



Os personagens, neste caso os 5 fotógrafos que vivem vidas distintas, vão assim expressar-se pelo meio fotográfico num jogo em que se cruzam com outros actores num cenário previamente estabelecido, os Bairros Culturais. A vida dos locais fica retratada de forma personificada, afinal de contas a realidade é a que é vivida e não aquela fotografada. A fotografia é a arte de mostrar a vida não como se vive, mas como os 5 personagens a observam. Encontro ai a beleza da reportagem dos 5 personagens onde sem intenção prévia vêm-se inseridos numa grande peça de teatro. Ao influenciarem a vida local e ao serem influenciados.


Mostraremos a vida, não tal e qual como ela é mas tal e qual como é observada à velocidade de obturação de uma câmara ou a um “simples olhar”.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Espaços Liminares

Certos bairros, um pouco por todo o mundo, têm a capacidade de se afirmar como centros da criatividade e da vida cultural das cidades onde se encontram. São zonas onde fervilha a oferta cultural e artística, da mais convencional à mais alternativa, mas são também espaços de encontro e sociabilidade, de grande vitalidade urbana, onde a arte e a cultura estão normalmente associadas à boémia e à vida nocturna. São espaços liminares, de múltiplas codificações e sentidos, onde coexistem gentes e actividades muito diversas; onde tem lugar a criação e a produção cultural, mas onde muitas vezes esta vai dando crescentemente lugar apenas a um consumo estética e simbolicamente muito marcado. São zonas onde a transgressão e a capacidade de explorar novos caminhos, características essenciais à criação artística mais alternativa e inovadora, são mais fáceis; espaços onde o controlo social é menos forte e portanto a expressão da diferença e a assunção dos riscos se encontram bem mais facilitadas.


Mas são também zonas onde os conflitos urbanos se manifestam com muita frequência, onde quotidianos distintos e contrastantes se cruzam por vezes com alguma fricção. E espaços sujeitos a processos de gentrificação e à especulação imobiliária, onde muitas vezes as actividades culturais e artísticas que nele se afirmaram, substituindo gradualmente os moradores e actividades mais tradicionais, são elas próprias rapidamente postas em causa, sendo substituídas por outras actividades e outras classes sociais, com mais capacidade para viver nestes espaços crescentemente valorizados, seja economicamente, seja nas representações sociais das populações.


Os espaços públicos são aqui uma arena privilegiada de todas estas dinâmicas e têm um papel fundamental na vivência dessas zonas. Territórios de transgressão e liminariedade, de afirmação simbólica individual e de construção de identidades colectivas, mas também territórios naturalmente muito marcados pelas vivências quotidianas das populações mais tradicionais. Espaços de tensão e de conflito, de sociabilidades e de encontros, de coexistências nem sempre pacíficas, onde a apropriação, física e simbólica, do lugar se faz de formas muito diferenciadas, e várias camadas de leitura e de codificação se vão sobrepondo e coexistindo, à luz dos diferentes olhares dos múltiplos utilizadores e produtores desses territórios. Espaços públicos cada vez mais fluidos, em que cada vez mais se tornam difusas as dicotomias entre noite e dia, trabalho e prazer, vida pública e vida privada, tradicional e (pós)moderno.


Foram exactamente estes espaços públicos e as múltiplas formas como são apropriados, marcados e experienciados pelas diversas camadas sociais que os vivem e usam quotidianamente que nos interessou fotografar. Em paralelo a um projecto de investigação científica sobre as raízes da criatividade na cidade e as formas de governança que podem ajudar à sua sustentabilidade (o projecto Creatcity, desenvolvido pelo Dinâmia-CET, do ISCTE-IUL), 5 fotógrafos/investigadores percorreram o Bairro Alto em Lisboa, o Bairro de La Gracia, em Barcelona e a Vila Madalena, em São Paulo, em busca dessa criatividade e vitalidade urbanas, procurando os seus sinais na apropriação do espaço público, nas manifestações criativas e nos conflitos, nas vivências quotidianas e nas marcas estruturais de mudança nesses bairros.


Libertos de grandes espartilhos estéticos ou formais, cada um dos 5 fotógrafos procurou dar a sua leitura pessoal sobre a vivência e a transformação destes bairros a partir dos seus espaços públicos, e sobre como eles serão ou não (ainda?) a expressão da criatividade artística e da vitalidade urbana em cada uma destas três metrópoles.